sexta-feira, 28 de agosto de 2015

António Barreto suscita respeito

António Barreto é uma pessoa que suscita respeito.

Hoje surge a dizer o óbvio: o PS que Merkel elogiava, teria feito parecido ao que fizeram PSD/CDS sob as ordens da Troika.

Não se trata de concordar com tudo o que diz, porque não concordo. Não se trata de deixar de sentir afastamento em relação a pessoas de quem tem proximidade, porque nutro esse afastamento.

Trata-se de sentir respeito porque o seu pensamento não está à venda, porque não presta homenagem ao politicamente correto, porque não cuida de passar o tempo a calcular o que ganha dizendo isto ou o seu contrário.

Principalmente, trata-se do respeito que se sente quando alguém é integro e firme, sem ser radical.

Esta é uma característica tão rara que não se consegue explicar a quase ninguém, mas em Portugal os íntegros e frontais tendem ser radicais, fanáticos duma qualquer utopia ou com contas a ajustar com a vida. Os moderados, democratas e urbanos são demasiadas vezes vendidos, corruptos, calculistas e cínicos.

Moderado, íntegro e frontal. Raro.

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