quarta-feira, 29 de julho de 2015

Teatro eleitoral

Mal o PSD-CDS acabaram de apresentar o seu programa, António Costa decidiu avaliá-lo, apresentando publicamente a sua análise.

Como o programa tem 150 páginas é evidente que Costa não podia tê-lo lido.

Como pôde então apresentar a sua opinião sobre o programa eleitoral do PSD se não o conhecia?
- Porque já tinha preparado o que dizer previamente ao programa. Fosse qual fosse o programa eleitoral do PSD, Costa daria sempre a mesma resposta, debitaria a mesma cassete, mais detalhe ou menos detalhe.

Essa resposta é, assim, não uma visão crítica, mas um gesto de teatro, uma farsa, um declamar de demagogia barata.

Repito: dissesse uma coisa o programa do PSD-CDS ou dissesse o seu contrário, a resposta de Costa seria sempre a mesma porque é teatro previamente preparado. 

Costa não precisa sequer de fingir que leu o programa porque a nossa imprensa está vendida e é incompetente. Num país normal a pergunta dos jornalistas seria imediata: 
- Dr. António Costa como pode ser tão rápido a comentar o programa da coligação? Come se pode pronunciar sobre o que não conhece? Ou mesmo, numa versão mais dura, - Dr. António Costa que credibilidade têm as suas críticas se não teve sequer tempo para estudar o programa do seu adversário? 

António Costa surge como um falsete, um saco de palavras pré-preparado que diz a mesma coisa quer o PSD diga que é dia quer diga que é noite. Quer tão só aproveitar o tempo de antena e condicionar a forma como as ideias do adversário são transmitidas, fazendo lembrar os jogadores de futebol que mergulham para o relvado fingindo que sofreram uma falta de forma a manipularem o árbitro contra o outro atleta. Aqui o árbitro são as televisões e a imprensa.

O PS é muito mau, mas a nossa imprensa é bem pior.

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