sábado, 4 de julho de 2015

Costa, o doce indeciso

António Costa quer ganhar as eleições. Quer ser primeiro-ministro.
Isso é normal.
António Costa é infelizmente um neo-indeciso. Parecia a alguns no passado que o Sr. sabia o queria e esses alguns multiplicaram-se em elogios em relação a este político. Para onde foi essa postura?

Morreu vítima do oportunismo. Costa sabe o que quer, mas muito mais do que quer para o país quer ganhar as eleições. As suas pobres convicções soçobram perante a vontade de ganhar.

Bonito, bonito é vencer explicou um dia o velho Soares.

Costa quer vencer e tudo desaparece perante essa vontade seminal. Como está sequioso por ganhar vantagem vai apoiando ao sabor do vento o que parece a cada momento estar na moda. Só que a moda muda mais depressa que o nosso esquecimento.

Costa já foi pró-Syriza e já foi anti-Syriza. Deu-se mal e passou a imagem de um tonto. Agora teve uma ideia: apesar da Grécia estar em negociação com a europa e ser isso o cerne do referendo, Costa diz que não emite opinião a bem do respeito pela soberania grega. Como não é primeiro ministro, mas apenas um político nós percebemos de imediato o problema dele:

Costa não sabe quem ganha o referendo, apesar de suspeitar que vai ganhar o sim. Se ganhar o sim não sabe que dimensão vai ganhar a histeria da esquerda contra a "chantagem" europeia. Por isso cala-se. Se soubesse o que iria suceder, o oportunista tiraria desde já vantagem disso. Mas não sabe. Como não tem autenticidade cala-se para, no fim do jogo fazer então prognósticos e tentar navegar a onda.

Costa é adocicado no estilo, mas demasiado indeciso para ser primeiro-ministro.

Infelizmente esse defeito é pequeno quando comparado ao nosso principal problema: impedir que os amigos de Sócrates e Costa se sentem à mesa do orçamento a dividir o dinheiro dos nossos impostos.

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